[...] Nesse momento ela já não podia escrever mais nada. Sua mão parou. Seus olhos ficaram vidrados.
II
Um barulho vinha da porta. Ela permaneceu imóvel. Tinha ainda a caneta entre os dedos e os olhos fixos na maçaneta, que se mexeu mais uma vez.
Fez um esforço para tentar responder, mas a voz parecia se esconder dentro dela.
E a maçaneta cada vez mais insistente, se mexia freneticamente agora. E agora? Tudo que havia planejado para aquela noite iria por água abaixo naquele momento? Faltava tão pouco, ela estava tão perto. Se não fosse o sentimentalismo repentino, ela já teria consolidado o objetivo. Ninguém podia presenciar, nem sequer fazer idéia de seus planos - porque se tentassem impedí-la, não teria forças para resistir.
Jogou a carta no chão - para baixo da mesa - e tentou fechar a janela, mas a batida impaciente da porta já não lhe dava mais tempo. Desesperada, ela levantou rapidamente e abriu a porta. Era seu pai. "Vim só te dar um beijo", e a deu um beijo na testa acompanhado de um abraço - o corpo frio da menina amoleceu com o calor do pai. Retribuiu o abraço. Podia ouvir o coração do pai bater próximo de seu rosto. Ficou ali por alguns minutos, imóvel, inerte. Não pensava em mais nada, só aquele momento bastava.
Afastou-se, então. Olhou no fundo dos olhos do pai com um olhar de súplica e desespero, que o pai respondeu com um sorriso. Aquele sorriso teve nela o mesmo efeito o vento: entrou em seu corpo e já não poderia mais sair de sua memória. O pai se afastou lentamente, como se o mundo estivesse girando mais devagar que o normal.
Voltou para o quarto, trancou a porta e deixou seu corpo escorregar. No chão, ela chorou.
As lágrimas jorravam de seus olhos sem que pudesse controlar.
Correu para a cama e sufocou um urro de sofrimento com o travesseiro. Não podia deixar que a ouvissem chorando, mas também não podia deixarde chorar. Apertou ainda mais forte o travesseiro contra o rosto vermelho de choro, e tirou forças do âmago do seu sofrimento para gritar mais um vez por entre as lágrimas que teimavam em cair pelo rosto.
Foi demais.
O ar parecia faltar, viu-se desesperada, mas não largou o travesseiro.
E então, toda força se esvaiu, o corpo amoleceu, o choro finalmente cessou e tudo parou.
Continuua!
E aí? ;S
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9 comentários:
Tutti,
seu texto ta ficando cada vez melhor!
eu to imaginando o fim..
ja disse 50 vezes que voce escreve muito bem!
tenho orgulho disso..
Vamos trabalhar juntas ainda!
ahh vaamos!
te amo
beeeijo
Seu blog tá simples Menina.. mas tá muito bonitoo..
seguirei e comentáreii..
Ah Maravilhosa
NO WORDS TO DESCRIBE
você escreve muito
bem, e eu vejo a sua paixão nisso
parabéns
e quero o último capítulo logo! :~
beijo, te amo
esperando a continuação ...
continua :D
eu gostei =)
Já te disse que não curto contos. Mas esse ficou bem escrito, consigo imaginar perfeitamente as sequências. E a história é de novela. *-*
vc escreve mto bem!
adorei essa segunda parte.. e to ansiosa pra terceira!
nem vou pensar no q vai acontecer pra não estragar ;p
repito:
Tutti escritora!
continuaa!
Parabéns pelo seu blog! O texto ficou ótimo!
Sucesso
;***
Beijos
Muito bacana! quero ver a continuação!!
ps.: gostei do "lado-cocacola" rsrs!
bjs
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