quarta-feira, 3 de junho de 2009

Pais e Filhos - V (Final)

V
As duas dormiram ali, abraçadas. Podia até parecer um sonho, mas era verdade: há muito tempo elas não ficavam tão próximas. Parecia que tudo seria diferente dali para frente. A filha conseguiu, enfim, mostrar como se sentia para a mãe, que a entendeu e conseguiu refletir sobre todo o passado das duas. Dormem agora, um sono tranquilo de quem vive um sonho.
A mãe acordou no dia seguinte, mas a filha não estava mais em seus braços. Sentiu um frio de repente, levantou-se e fechou a janela.
Ao lado da cortina, ela viu um papel dobrado, abriu. Era uma carta de sua filha:
"Mãe,
Desculpa por tudo que eu fiz e deixei de fazer. Por todas as vezes que e te odiei, pelos abraços que eu não pude dar, pelas vezes em que te decepcionei.
Ontem foi um dia especial, eu precisava dele antes de ir...precisava me sentir amada por você.
'É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã': se tivéssemos vivido essa frase, talvez o fim fosse diferente e houvesse, de fato, um amanhã.
Eu culpava você por tudo, agora vejo que isso é absurdo, a culpa sempre foi minha! Eu é que nunca fui uma filha exemplar, muito menos carinhosa, mas exigia tudo de você. Eu não podia mais suportar esse peso de ter perdido a oportunidade de ter uma vida feliz ao seu lado. Isso estava me consumindo há muito tempo, até chegar ao ponto de não aguentar mais.
Aonde quer que eu vá agora, estarei mais feliz. Fique feliz por mim.
Eu sou uma gota d'água, um grão de areia, todo esse mundo, toda essa vida que você tem pela frente é muito maior do que eu. Não perca nada disso chorando por mim.
Espero que um dia você consiga me entender, mas enquanto isso, eu fico te olhando daqui.
Te amo, mãe."
A mãe não conseguia mais ficar de pé, já estava no chão se debulhando em lágrimas. Nada pode ser comparado com a dor que ela sentia naquele momento. Respirou fundo, fez um grande esforço para ficar de pé e olhar pela janela.
Viu lá embaixo o corpo de sua filha estirado no chão no meio de meia dúzia de curiosos que passavam por ali naquela madrugada congelante.
Ela se jogou da janela do quinto andar, nada fácil de entender.
Gostaram? ;S
Não tava muito inspirada pra esse final... até poderia escrever mais, mas ia ficar muito repetitivo, eu acho.
Comentem aí ;)
#Soundtrack: Nada. ahhaha Mas to com Not Fair - Lilly Allen na cabeça.
Não suportava ela, mas essa música é maneira até. Ela tá liinda nesse clipe, que é bem estranho, por sinal, parece que é de uns 50 anos atrás hahahha :)

7 comentários:

Wanessa Lins disse...

Gostei, continue escrevendo! ;)

Ah tem um erro nas datas é... tenho uma dica;

Abra a aba "configurações" e vá em "formatação". No "formato da data e hora" (4º item) tem que ficar desse jeito: "Quarta-feira, Abril 22, 2009", daí aparece certinho!

Vi isso em um blog, daí eu já usei esse template uma vez e tive o mesmo pro! ;) espero que ajude!

;***

Beijos

http://wanessalins.blogspot.com

liláh disse...

nossa voce escreve mto bem! continue assim =]
passa la no meu
bejo

Maria Luísa Marc disse...

eu chorei aki acredita??
parabens lindo o texto
se vc naum tah inspirada imagina kando tah Oo

Prabens vc tem dom!

Marcelo disse...

tá você é foda, e ainda fala que não
tava inspirada.. HAHEAHUEAU boa tuani
mas então, parabéns.. o conto foi
maravilhoso.. os melhores caps foram o 3 e o 5

ADOREI TODO O CONTO
e espero que venham mais por aí

beijo enorme ;*
passa lá no meu

Allannah disse...

Tutti O.O
Maaano, chorei litros.
mto boom, parabéns!

Willian Ferreira disse...

Uau. Reli todas as partes do conto agora, e fiquei abismado. Muuito bom, enredo excelente. Tá de parabéns Tutti. E eu só imagino caso tu tivesse inspirada presse final.

Unknown disse...

MUITO FERA! CHOREI :')

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