quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Deixa


Deixa eu chegar perto e dizer no seu ouvido que eu me arrepio só de pensar em te encontrar. Que meu corpo treme inteiro toda vez que estou perto de você e que meu coração ameaça fugir do meu corpo quando você me abraça. E eu sinto que ele é realmente capaz de cumprir a ameaça quando bate tão forte que eu tenho medo que você o sinta forte demais. Que desde o dia em que você roubou meu coração, eu ando olhando para os lados procurando você em cada esquina, sentindo você em cada abraço, e te vendo em cada sonho.

Deixa eu te abraçar mais forte para que você sinta meu coração pulsar dizendo que é você quem eu quero pra mim e que eu não quero nunca, nunca, que você se vá.
Para que experimente a sensação de ter alguém entre os seus braços, que se encaixa perfeitamente no seu corpo e deseja estar ali para sempre. Quando sentir, abrace mais forte e perceba seu coração bater ainda mais rápido.

Deixa eu pegar na sua mão e colocar meus dedos entre os seus para que entenda o quanto somos perfeitos um para o outro. Para que você nunca mais fique longe de mim e para que sinta que eu posso estar com você sempre, em qualquer lugar, sob qualquer circunstância, se as nossas mãos estiverem entrelaçadas como na primeira vez.

Deixa eu te beijar para te dar a certeza que eu já tenho. A certeza de que a minha boca na sua é tudo que nós precisamos agora, e tudo que vamos precisar daqui pra frente pra sermos felizes juntos. A certeza de que nossos gostos se completam e que sempre que você precisar, ou quiser, meus lábios vão encontrar os seus não importa onde estejam. Deixa eu te beijar e fazer parte de você por um momento; um momento que é só nosso, que nem nossos olhos fechados impedirão de ver.
Deixa eu te amar e te provar que você pode me amar também.


"The day after you stole my heart
everything I touched told me it'd be better shared with you"


The Fire and The Thud
Arctic Monkeys

sábado, 16 de outubro de 2010

Eu só quero é ser feliz


18 anos.

18 anos de incerteza, medo e arrependimento.

Fui feliz – e sou, muito – mas esses momentos às vezes se perdem no meio de tantas lembranças do que “foi e não deveria ter sido” e do que “deveria ter sido, mas não foi”.

Meu problema é pensar demais, ter medo demais, esperar demais de coisas pequenas. Carpe diem não entra, de jeito nenhum, pra lista das minhas filosofias de vida.

Eu estou aqui hoje, mas pensando no amanhã. E na iminência de uma decisão “importante”, essa preocupação exagerada com o futuro é o que me impede de arriscar. Às vezes nem é algo muito sério, mas de imediato, eu projeto todas as conseqüências disso no futuro: como vai ser? Como a gente vai ficar? Será que eu consigo? Será que eu vou me magoar? Vou acabar magoando?

Futuro esse, que eu nem sei se vai existir; mas mesmo assim, tudo vem à minha cabeça sem que eu tenha controle. Aliado à isso, o meu pessimismo.

Eu nunca penso em mim feliz, de bem com a vida de vento em popa, feliz pra burro, de bem com o mundo. Eu sempre tenho CERTEZA de que vai dar tudo errado no final, que eu vou me machucar ou acabar partindo uns corações.

Eu sou muito errada. Gostaria de ser igual à maioria das pessoas mínimamentes normais que fazem planos de ser feliz junto da pessoa que gosta, que espera que dê tudo certo, que dá tudo de si em cada relação sem medo de onde isso vá chegar.

Ok, essas pessoas devem sofrer muito também porque, ao contrário de mim, não pensam nas conseqüências e vão correndo no escuro pra um lugar que elas nem sabem qual é. E tropeçam, e caem, e se machucam.

Mas então, eaí? Eaí mano? Eaí? Não, e aí mano?

Eu acho que ser um extremo ou outro não dá certo. É preciso equilíbrio, como em tudo na vida.

Eu vou tentar buscar esse equilíbrio.

Mas, como sempre, apesar de conhecer a raiz do meu problema, eu ainda não consigo mudar. Por medo. Medo de errar mais do que medo de tentar. Eu ainda preciso aprender que todo mundo erra, e que de eu um jeito ou outro, alguém sempre sai machucado na história toda. Eu sei. Só não consigo aceitar isso muito bem.

Eu tento agir da melhor maneira justamente para evitar esse final clichê e, então, evito colocar um coração em risco e acabo ficando com o meu imerso em arrependimento.

Nunca deu certo. Ter medo nunca deu certo, nunca me levou a lugar nenhum, nunca me fez feliz. Então talvez seja hora de perdê-lo. Ou tentar.

Mas medo não é algo que se perde de uma hora pra outra. Espero que a minha vontade de ser feliz me ajude nessa batalha contra a incerteza.

Porque a única certeza que eu tenho hoje é: eu quero ser feliz.



terça-feira, 12 de outubro de 2010

Crossfire

Crossfire - Brandon Flowers

And we're caught up in the crossfire
Heaven and hell
And we're searching for shelter

Lay your body down...
Lay your body down...

Tell the devil that he can go back from where he came
His fire he airs all through their beating vein.
And when the hardest part is over we'll be here
And our dreams will break the boundaries of our fears

domingo, 12 de setembro de 2010

Coma


Eu sou uma mentirosa. Sou mesmo. Compulsiva.
Não dessas que mente por qualquer coisa ou para qualquer pessoa.
Me incluo na pior categoria de mentirosos: os que mentem para si mesmos. O tempo todo.

Sempre querendo tentar se convencer de algum sentimento, sempre prometendo fazer algo que tem certeza de que sequer chegará perto de ser feito, sempre tentando - sem sucesso - negar ser o que realmente se é.

Eu tendo a odiar personagens em filmes que sejam muito quadrados, sem graça. Aqueles que empatam a vida do protagonista dizendo o que ele deve ou não fazer. Aqueles sem sal, apáticos, apagados, coadjuvantes.
Bem, talvez seja porque eles realmente são chatos. Talvez porque eu seja exatamente igual a eles. Talvez as duas coisas.
A gente prefere negar essas características, mas no fundo - às vezes, nem no fundo, mas escancaradas mesmo - elas estão lá e não há disfarce que as faça sumir.

É uma tentação escrever "teimosa", "cabeça-dura", "perseverante", "corro atrás dos meus sonhos", "personalidade forte" em qualquer tipo de auto-descrição, mas, PORRA NENHUMA! Eu nem sei o que quer dizer isso de "personalidade forte", e o fato de eu não fazer ideia do que seja denuncia imediatamente que eu não tenho uma.
Eu sou preguiçosa, conformada, apática, desmotivada e com um sério problema de auto-confiança.
É essa a verdade. Mas numa entrevista de emprego, se eu começar com "preguiçosa", não preciso nem continuar a lista.
É mentira atrás de mentira pra tentar convencer a mim mesma e aos outros de que eu sou alguém que, na verdade, eu estou bem longe de ser.

O que vem me atormentando há uns dias é que eu acho que eu seja "motivada", "batalhadora", "perseverante"... mas, por dentro.
Não sei se consigo explicar, mas, os sentimentos e as vontades estão todas aqui. Elas só... não saem.
É como se existisse um outro "eu" aprisionado no meu corpo. Meu "eu" grita desesperadamente tentando sair, tentando fazer com que eu me mexa mas o corpo simplesmente não responde.
Deve ser algo parecido com um coma. Inconsciente, mas não morta, eu tenho ciência de tudo à minha volta mas meus olhos não abrem e o corpo permanece imóvel.
Está tudo aqui. Todos os planos, sonhos, desejos, pensamentos. Tudo. Tudo concentrado num "eu" radiante e... forte.
Tudo preso num corpo estático.

Parece que a dualidade é a minha sina.
Minha personalidade se divide em duas, completamente opostas e teoricamente incompatíveis, mas incrivelmente elas habitam esse mesmo corpo.
Dentro de mim existe uma Ellen Page.
Uma menina meio esquisita que vê mais beleza num cérebro mais desenvolvido do que num amontoado de músculos, que adora rock e canta no chuveiro. Que ama assistir Tarantino, Kubrick, Al Pacino sendo sensacionais. Que adora super-heróis e se encanta cada vez mais com histórias em quadrinhos.
Uma menina que ainda sonha em encontrar um amor de verdade e alguém que lhe diga coisas doces, escreva poesias, compartilhe os mesmos gostos e os mesmos sonhos.
Por fora, tudo o que se vê é uma... Ke$ha (?)
Que vai pra balada todo final de semana, de vestido curto e salto 15. Que fala palavrão a cada frase, enche a cara e beija uma boca desconhecida por noite só porque teve vontade. Que volta pra casa às 6h da manhã, toda desmontada e passa o domingo inteiro de ressaca tentando disfarçar. Que tem mais amigos que amigas, que só se relaciona com garotos que só se importam com o que tem debaixo do seu vestido e não saberiam responder quem é Tony Montana.

É.
Essa sou eu, prazer.
Não que eu seja falsa ou hipócrita, eu só não tenho controle sobre quem eu sou.
Eu sou as duas.
Seria muita cara de pau dizer que não gosto da vida que eu levo. Pelo contrário, eu adoro. Mas é estranho pensar que aqui dentro existe outra, que não faria nada disso, que não concorda com nada disso.
Talvez essas duas possam conviver pacificamente.
Talvez não.
Como encontrar o príncipe nerd que escreve poesias numa balada?
Como namorar um príncipe nerd que escreve poesias querendo sair pra balada?
Às vezes, uma anula a outra, e tudo fica mais confuso.
Eu não sei o que fazer. Não sei realmente quem eu sou, ou 'quem' é melhor pra mim.

O pior, é que as duas, juntas, estão condenadas à impotência e apatia de que eu falava no começo desse desabafo.
Preguiçosas e acomodadas, as duas estão aqui comigo às 4h da manhã escrevendo sobre essa crise existencial que nos aflige e sobre como nós somos fracassados por não termos nem o mínimo de força de vontade.
Exatamente agora, milhões de outras coisas poderiam - e deveriam - estar sendo feitas, mas eu invisto todo o meu tempo em escrever sobre como eu não faço as coisas que eu deveria estar fazendo enquanto escrevo sobre as coisas que CHEGA.

Enfim, isso fugiu completamente do propósito inicial, mas fica a dica: eu posso ser uma derrotada, toda errada, complicada e etc.. mas o que me salva de ser uma COMPLETA IDIOTA é que: EU SEI DISSO.
Eu reconheço o meu fracasso, os meus defeitos, os meus problemas. Não sei resolver, mas sei que tá errado e isso já é um começo. Eu acho.
Sei lá.
Não sei.
É, não sei. Surpreenderia se soubesse.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Finja Um Sorriso


Finja um sorriso.
Se esconda atrás do gesto
Vista a máscara da hipocrisia,
Impeça que a lágrima caia.


Finja um sorriso

E acredite na sua verdade inventada

Faça o estranho do elevador acreditar que você é feliz.
Seja feliz, mesmo não sendo.

Finja um sorriso

E tente enganar o espelho
Convença seu coração
Convença a si mesmo.

Finja um sorriso.

Faça força para esconder a verdade.
Até estar só.
Então, não finja mais nada.

Dispa-se da máscara
Deixe a lágrima escapar

Se renda à verdade.
Desabafe com o espelho

Sufoque o pranto com o travesseiro

Não deixe que ninguém ouça

Disfarce a fraqueza


E finja um sorriso.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

O amor é importante, porra!


Se tem uma coisa que vem me incomodando nesses últimos tempos é que: AS PESSOAS NÃO PODEM MAIS AMAR. Ou, pelo menos, expressar seus sentimentos. Apesar dos diversos exemplos que confirmam a minha tese, o que me motivou a fazer esse post foi um tweet que eu vi há um tempo. Foi algo como
~ @fulano Nossa, amo demais a @siclana #MomentoEmo rsrs ~

Por que #MomentoEmo? Por que não se pode dizer que ama alguém, ou demonstrar sentimentalismo, OU ATÉ MESMO USAR UMA FRANJA, sem ser chamado de emo? Tenho pra mim, que a moda emo já passou... de fato, já foi muito pior. Mas por que as pessoas insistem nesse rótulo?

"Amar" ou "Dizer que ama", virou sinônimo de emo. PORRA! Que mundo é esse?!
Até acho que as pessoas evitam demonstrações públicas de afeto por medo de serem julgadas, zuadas ou rotuladas.
Eu quero de volta o meu direito de gritar pra todo mundo que amo!
Eu quero que todo mundo se ame, se abrace, se beije!

Porra, tem coisa mais gostosa que amar?
Tem coisa mais gostosa do que um beijo apaixonado.. de se aconchegar nos braços da pessoa amada?

Ou mesmo amar um amigo. Contar com ele pra tudo. Contar tudo pra ele.
E, de vez em quando, surpreendê-lo com um "eu te amo" inesperado.


Eu não digo que sou uma dessas pessoas que dedica todo o seu dia a se declarar pras pessoas. Muitíssimo pelo contrário.

Mas, sinceramente, não quero viver num mundo em que as pessoas tem vergonha de amar.
Uma frase pra vocês: O AMOR É IMPORTANTE, PORRA!


@TuaniCarvalho

A maior dor do mundo


A maior dor do mundo não é a dor do parto
nem a do tapa na cara, nem a do chute no saco

Também não é a dor de um corte de papel
muito menos a de um chute na canela.
Não é aquela dor de amor que a gente acha que nunca vai passar.

Não é aquela dor de dente que parece te matar aos poucos.


A maior dor do mundo é a dor da solidão.

Porque, sim, dói. Muito.

Solidão não é um fato, não é uma ocasião. É um estado de espírito.
Você não FICA sozinho.

Você não ESTÁ sozinho.

Você se SENTE sozinho.


Para todas as outras dores, há remédio, tempo, conversa..

Para a solidão há apenas a solidão, e só.

Só, você olha para dentro de si e deseja sair

Vem a estranha sensação de não caber mais no corpo.

Tudo parece grande demais, forte demais, triste demais.


Porque a solidão é ter que estar obrigatoriamente na companhia de si mesmo.

E isso incomoda, perturba, angustia.

Solidão é estar sozinho no meio do povo.
É gritar como um mudo.

É andar sem direção.

É levar nas costas um peso maior do que se pode carregar.


Pior.

É não ter ninguém para te acompanhar
Nem para dizer que está ouvindo

Nem para te mostrar um caminho

Nem para te estender a mão.


Solidão dói.
É a maior dor do mundo.
Porque depende só de voce curá-la, ou não.

São 1h30 da manhã de segunda-feira. O dia foi horrível.
Desses que a gente deseja nunca ter existido.
Desses que a gente gostaria de não ter saído da cama. Desses que você se sente sozinha e angustiada do começo ao fim. Eu tive que escrever pra tentar espantar os meus demônios, o resultado ta aí. Não é nenhuma obra-prima, até porque não sei escrever poesia muito bem, mas valeu o esforço. Eu precisava escrever, só.

@TuaniCarvalho

terça-feira, 11 de maio de 2010

Do Seu Lado II

Depois de muito, muuito tempo (preguiça manda), aqui a 2ª parte :D

"Eu via você todos os dias, sentada nesse mesmo banco. Sempre linda, sempre escrevendo.
Eu fiquei fascinado. Toda vez que eu te via, era como se algo que eu nem sei explicar se acendesse dentro de mim. Eu vinha aqui só pra te ver. Era sempre só por você.
Quando você parou de aparecer, foi como se tivessem roubado um pedaço de mim.
Eu fiquei arrasado. Te ver aqui, alegrava meu dia, mudava meu humor. Me completava, de alguma maneira.
Eu sabia que poderia ficar te olhando pelo resto dos meus dias. E eu senti tanta falta disso, que continuei vindo para cá na esperança de você voltar um dia.
Eu nunca soube quem você era, nem o seu nome e nem nada sobre você. Esse lugar e esse banco são as únicas coisas que nos ligam, e por isso, eu me sento aqui todos os dias. No "nosso" banco. Eu sempre soube que você voltaria, sempre soube te teria do meu lado"

Manoela estava paralisada.
Nenhum músculo se mexia. Seu coração batia tão forte que parecia furar-lhe o peito. O ar fugia de seu alcance.
Ela simplesmente não podia acreditar no que havia acabado de ouvir.
Como era possível nunca tê-lo visto?
Ela se fez essa pergunta, e logo, a encaminhou a ele. "Eu sentava sempre nesse banco aqui do lado - disse, apontando para um banco poucos metros à direita daquele em que estavam - Você nunca me viu porque nunca olhou para o lado. Chegava, e ia embora só tendo olhado para esse caderno. Sempre tive a esperança que um dia você me enxergasse", concluiu com um sorriso tímido no rosto. O mais lindo que Manoela já vira.
Ela sentiu seus olhos se afogarem em lágrimas prestes a escorrerem pelo rosto. Não sabia porque sentia aquela vontade de chorar, só sabia que queria.
E o rapaz num impulso, se aproximou dela e envolveu lentamente aquele corpo quente entre seus braços. "Nada disso importa, você está aqui agora", disse, e a abraçou mais forte.
Ela sentia o coração dele próximo de seu rosto. Ele sentia como se tivesse o bem mais precioso do mundo em suas mãos.
Ela podia ter certeza que estava segura naquele momento. Ele desejava que aquele momento durasse pra sempre.

Os dois ainda não se conheciam.
Não sabiam nem o nome um do outro, mas tinham certeza que o nome daquele abraço era amor. E então, isso já não importa.
Eles sabiam que poderiam viver o resto de suas vidas como dois completos estranhos se aquele abraço nunca acabasse.

Eu escrevi esse conto (não gosto de chamar assim. Me parece pretensão demais HAHAH enfim :B) numa tarde no parque, como eu sempre faço.
A Manoela sou eu. Só que com um final feliz.
Ela tem todo o exagero necessário pra um personagem literário, mas na essência, tem um pedacinho de cada adolescente sonhadora como eu ou você.
Gostaram? :D

#Nowplaying
Still Loving You - Scorpions

@TuaniCarvalho

sábado, 27 de março de 2010

Do Seu Lado I

Todo mundo sonha com um grande amor. Até aqueles que se mostram céticos, guardam consigo um desejo secreto de se apaixonar perdidamente ao dobrar a próxima esquina.
Outros, forçam a coincidência. Tentam de todas as formas marcarem dia e hora para serem surpreendidos pelo destino.

Manoela era assim.
Fã dos romances, sempre sonhou em viver uma história como as do cinema - com direito a todos os exageros e clichês de um roteiro de comédia romântica. Ela sonhava com o dia em que encontraria seu grande amor.
Queria que fosse poético, romântico, cinematográfico e perdia horas de sono imaginando a cena, ensaiando suas falas, pensando em qual roupa vestir, como estaria o tempo naquele dia e todos os outros detalhes necessários para um filme perfeito.
Imaginava diversos cenários: igrejas, praias, fila do supermercado, restaurante, mas nenhum tomava conta de suas fantasias como o parque onde ela ia passar suas tardes sempre que não se sentia bem.
Seu sonho era ir ao parque, sentar no seu banco (Sim, "seu" banco. Era exclusivo. Só ela sentava ali, sempre), tirar seu caderno da bolsa, escrever nele suas fantasias e delírios apaixonados até ser surpreendida por um homem lindo, que se aproximasse dela e dividisse aquele que, até então era seu, e apenas seu, banco. E que ali, naquele momento, começasse um amor de verdade.

Motivada por esse desjo, Manoela ia todos os dias ao parque, com a sua melhor roupa e sempre trazendo o seu caderno na bolsa. Passava horas ali, imersa nos seus sonhos. Registrava tudo o que passava pela cabeça naqueles momentos. E, esperava. Sentia que poderia passar a vida inteira ali esperando, e sem saber o que esperar exatamente. Quando começava a anoitecer, ela levantava-se e deixava naquele banco uma parte de suas esperanças e ia embora para casa, sozinha, de novo. E assim Manoela seguiu. Dia após dia, lá estava ela no mesmo lugar, no mesmo banco, com os mesmos sonhos, esperando.
Até que ela cansou de esperar. Cansou de se submeter às vontades do destino.
Desacreditou no amor. Desacreditou nos sonhos.

E não voltou mais ao parque.

Manoela cresceu e nunca encontrou um amor. Namorou, sim, alguns garotos mas nenhum deles nunca teve ser coração por completo.

Até que ela cansou de desacreditar. Sua vida havia perdido o brilho, seu sorriso era mais vazio, o olhar era mais sério.

Precisava reviver aqueles momentos de anos atrás, precisava reaprender a sonhar e a querer amar. Precisava, uma vez mais, sentar-se naquele banco e sonhar, simplesmente.
"Com licença", disse Manoela ao rapaz que estava sentado no "seu" banco.

Ele escrevia freneticamente e nem olhou para o lado quando a ouviu chegar, apenas deixou seu corpo deslizar para o lado. E a moça se sentou.

Da bolsa, ela tirou um velho caderno, e dessa vez, não escrevia nada. Apenas lia os versos que escrevera há alguns anos.

O rapaz olhou-a pelo canto dos olhos e ao menor sinal de que poderia encontrar os olhos dela fazendo o mesmo movimento, voltava-se rapidamente para o seu caderno e fechava-se ali.

Até que foi inevitável. Os olhares se trombaram pelo caminho, e os dois, constrangidos, deram um sorriso discreto, como quem dizia "Desculpa, mas eu tive que te olhar".

Ele sentiu que seria capaz de fazer qualquer coisa se encontrasse aqueles olhos em seu caminho de novo, e então, tratou de manter-se concentrado no que escrevia e se esforçou para manter seu olhar longe do dela, por mais que sentisse uma vontade incontrolável de passar a vida inteira beijando aquela moça com os olhos.

Tarde demais.

Ele já havia sentido o efeito daquele olhar.
"Eu esperei tanto por você", disse ele já sem controle sobre o que saía de sua boca.
Naquele momento, Manoela podia ter certeza que seu coração tinha parado de bater por alguns segundos.
Quando sentiu novamente uma palpitação no peito, pôde expressar seu espanto, mas sua voz não saiu. Sua língua nem se moveu dentro da boca. Seus olhos falaram por ela.

"Ah, os olhos. Aqueles olhos de novo", o rapaz pensou que ela poderia fazer o que quisesse com aquele olhar sobre ele.
Viu-se ali como Bentinho frente aos olhos de ressaca de Capitu.

"Retórica dos namorados, dá-me uma comparação exata e poética para dizer o que foram aqueles olhos de Capitu. Não me acode imagem capaz de dizer, sem quebra da dignidade do estilo, o que eles foram e me fizeram. Olhos de ressaca? Vá, de ressaca. É o que me dá idéia daquela feição nova. Traziam não sei que fluido misterioso e enérgico, uma força que arrastava para dentro, como a vaga que se retira da praia, nos dias de ressaca." era tudo o que podia pensar naquele momento.
Era agora um personagem machadiano, e não era necessário uma análise psicológica profunda para dizer que ele amava aquela mulher.

O Dom Casmurro encontrou sua Capitu.

Sentiu que já não poderia fazer nada que não se entregar e dizer tudo o que precisava ser dito.


Continua.

#MusicSunday
Perto de Você - O Teatro Mágico


@TuaniCarvalho

sábado, 6 de março de 2010

Refúgio


E de repente, nada mais faz sentido. Nada se encaixa como antes. Nenhum chão dá segurança pra te manter de pé. Nenhum caminho parece certo. Nenhum sonho vale a pena. Nenhuma certeza é absoluta.

Tudo o que eu acreditava, aquilo que eu poderia pôr a mão no fogo, desaba, e me deixa sem saber como agir.
Me apoiei em falsas ilusões? Estive sempre no caminho errado? Sonhei mais alto do que poderia?
Não sei. Definitivamente não sei.
Minha vida está sem rumo, sem movimento, sem mudança. Eu achava que era protagonista, mas sou na verdade, espectadora. Tenho assistido a minha vida passar. Tenho visto pessoas passarem por ela. Tenho visto todo o resto do mundo indo pra frente, e eu...ficando.
Tenho tentado me apoiar em frases de efeito, do tipo "o mundo dá voltas" ou "a sua hora vai chegar", mas é sempre tão difícil.
É difícil querer chegar a um lugar que você não sabe onde é. Tenho tentado me apoiar em realidades paralelas. Teatro, filme, livro, poesia. Tudo mentira. Mas pelas, vá lá, duas horas de fantasia, eu esqueço de mim. E isso tem me feito bem. Afinal, é natural dos derrotados fugir dos problemas. Se esconder de si mesmo, em vão.
Em vão, porque nascer "eu", quer dizer morrer "eu", e ter que carregar esse fardo pra sempre. Enquanto isso eu sigo me enganando. Sigo fantasiando. Seja no fantástico mundo de Manoel Carlos, ou na viagem psicológica de Machado de Assis. Fugindo de mim, eu busco refúgio na arte. E assim vai ser, até que eu reassuma o meu papel nessa história, e brilhe como estrela maior dessa tragédia que é a minha vida.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Queria ser Capitu


Queria ser Capitu
E ser capaz de fingir com tamanha naturalidade.
Queria ter os olhos de ressaca
Não me importam as conotações
Eu queria mesmo ter olhar de cigana oblíqua e dissimulada.
Queria ser Capitu
E ser capaz de hipnotizar um homem.
Tirar-lhe a casmurrice
Tirar-lhe a sanidade
Tirar-lhe seu mais puro sentimento
Ser seu primeiro, único, último amor.
Queria ser capaz de morar eternamente em seu pensamento
De perturbar, intrigar, enlouquecer.
De arrastar-lhe com um olhar.
O olhar de ressaca, vá, de ressaca.

terça-feira, 2 de março de 2010

PLAY > Sobre Sexo, Mentiras e Videotape.


A peça inspirada no filme de Steve Soderbergh chegou a São José dos Campos no final de semana passado para uma temporada de três finais de semana.
Fui prestigiar o espetáculo no domingo passado, e fiquei totalmente encantada com o que vi.
Uma peça moderna, com um texto maravilhoso, muito humor e que, ao mesmo tempo que te faz rir, te faz pensar.. refletir sobre verdades e mentiras.
O espetáculo conta com recursos como, claro, videotapes e constantes mudanças na disposição do cenário, dando realmente um ar de modernidade além do texto também muito bem construído e atual.

Por ter feito teatro por tantos anos, acho que desenvolvi uma capacidade de me envolver muito facilmente com tudo que vejo no palco. Cada cena, cada fala, cada respiração, me colocava junto aos atores, na história.
Quando decidi ir ao teatro, sinceramente não sabia o que esperar. Não sabia exatamente do que se tratava a peça. Fui descobrindo aos poucos, à medida que o enredo ia se desenvolvendo.
Não vou ficar aqui falando da história, porque, acho que vocês devem ir assistir à peça da mesma maneira que eu fui: sem saber o que lhes aguarda. Isso te força a prestar atenção em cada detalhe, e logo, você estará envolvido com a trama.
Resolvi escrever, e atualizar esse blog há muito tempo abandonado por pura preguiça, por que voltar ao teatro me inspirou.
À medida em que as cenas iam acontecendo, milhares de pensamentos iam pipocando na minha cabeça, e eu precisava compartilhar com alguém, de alguma maneira. E como não é todo mundo que está disposto a ouvir, e muito menos, é capaz de compreender o que eu sinto, escolhi desabafar aqui.. onde eu escrevo, vocês lêem se quiserem.
Enfim, como eu já disse, fiz alguns anos de teatro, e aprendi a amar essa.. arte. Teatro é arte.
Pra muitas pessoas é dificil enxergar assim, pra muitos, "arte" é quadro e escultura. Mas teatro é sim uma arte.
Acho que nada me encanta tanto, me desperta tantas emoções e tanta inspiração quanto o teatro.

Eu saí de casa numa noite fria e chuvosa - e só eu sei o quanto isso me deprime, o quanto dias cinzas e frios me deprimem - para assistir Play, e saí de lá..feliz. Não sei se feliz é exatamente a palavra, mas eu podia ver beleza e cor em tudo.
A peça, de fato, não é colorida. O cenário e os figurinos, em sua maioria, tem cores neutras e discretas. Mas o teatro é colorido. O teatro me traz vida.
O teatro É vida. "É a poesia que se levanta dos livros e se faz humana". Podemos nos enxergar no palco.
Eu, na plateia, ria, me surpreendia, e por vezes quase chorei. E tenho a convicção de que uma peça, ou um filme atingem seu objetivo quando conseguem proporcionar emoções a quem assiste. Eu não sou crítica, assisto como admiradora da arte, apenas. Sou uma pessoa comum, que sente, que se emociona e se envolve.
Play me envolveu. Eu entendi a história, observava cada detalhe, relacionava as cenas, admirava as atuações - excelentes, por sinal - tentava desvendar os mistérios que cada personagem guardava dentro de si.
Saí do Teatro Colinas renovada. E precisava compartilhar isso com alguém.
Mesmo que ninguém leia, eu preciso sentir que desabafei.

PS: "Play" no Teatro Colinas dias 6 e 7 de março.
Sábado às 21h e Domingo às 19h.
R$20,00 a meia entrada.
Não percam. :)

@TuaniCarvalho

domingo, 24 de janeiro de 2010

Viver a Vida.¹


¹ Não, não é nada sobre a novela, ainda. É sobre a VIDA mesmo. Vida real, nada a ver com o paraíso de Manoel Carlos -q
Pra quem já leu outros textos aqui no blog, eu já mencionei que às vezes eu saio pra escrever. Vou ao parque e fico lá sentada, ouvindo música até os pensamentos aparecerem. E eles sempre aparecem.

Pra mim, é inevitável não ficar pensando na minha vida, e nas coisas que acontecem à minha volta quando eu estou sozinha num lugar cheio de gente. Recomendo esse exercício mental pra todo mundo. Principalmente para aquelas pessoas que falam "eu não sei escrever, não tenho inspiração". Não tem inspiração melhor que a própria vida. Abs

Aí o resultado de uma tarde ensolarada no parque essa semana:


As coisas mudam e os sentimentos também.
Nós sentimos quando as coisas se transformam, quando o tempo e a distância afastam os corações.
Mas por mais que seja doloroso, é algo que faz parte da vida e não pode ser evitado.
Os caminhos se bifurcam, e cada metade segue para um lado diferente, e nunca se sabe se esses caminhos voltam a se cruzar, o que resta é olhar para trás e lembrar de tudo que por algum tempo acreditou-se que duraria para sempre.
Não durou. Nunca dura.
A vida é cheia de ciclos. Ciclos que vivem na eterna coreografia de se encerrarem para outros começarem, e esse é o verdadeiro ciclo da vida. E não há como escapar dele. Negá-lo, é negar a vida. É fugir da realidade, fechar os olhos para o mundo. Esconder-se do inevitável.

Eu não sei bem se acredito nessa coisa de "tudo na vida tem um propósito" no sentido que é empregado pela maioria, que fala de destino, "está tudo escrito" e blablablá.
Eu acredito que tudo o que passamos na vida vem para ensinar e mudar a nossa maneira de ver as coisas. Nada é em vão, e disso sim, eu tenho certeza.
Nenhum momento, nenhuma pessoa que aparece na nossa vida passa em branco. É claro que "uns passarão, outros passarinho", mas de qualquer maneira, todos trazem consigo algo que devemos levar por toda a nossa vida... uma lição, uma missão. Como eu disse, há quem chame isso de destino, eu, chamo de vida.

Isso é viver. É estar em constante movimento - de ideias, pensamentos, sentimentos - É aprender com cada coisa que nos acontece, é reconhecer a importância de simples momentos da vida.
Então vamos viver tudo que há para viver, vamos nos permitir. Vamos mudar, conhecer novas pessoas, aprender novas lições, crescer, nos desprender dessa vida pequena que nos aprisiona e nos fecha para o mundo e vamos abrir os olhos para algo maior.
Eis aqui a minha proposta pra mim, e todos voces: Não queiraa só saber andar sempre pelos caminhos certos. Queira voar.

PS: Para muitos pode não fazer o menos sentido. Realmente, faltou um pouco de coerência e coesão, mas comigo é assim: eu escrevo à medida que os pensamentos vão aparecendo, e tudo o que eu faço é registrá-los. Então eu peço que façam uma forcinha para entender :)

Comentem aí o que vocês entenderam e o que acharam :)

@TuaniCarvalho

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

#FicaADica: Podcast de Cinema da MTV s2

AEAE! \o
Resolvi criar uma categoria de utilidade pública.
Sempre que eu encontrar algo realmente recomendável eu coloco aqui. E já tem uma liiista, mas CALMALÁ! Como não poderia deixar de ser, em primeiro lugar na lista das coisas que voce TEM QUE conhecer, tá o glorioso Podcast de Cinema da MTV (com Bruno Ondei, Borbs, Leo Miranda e Alvaro Campos). Sem dúvida, a minha melhor "descoberta" em 2009.

>>O QUE É?
São quatro amigos, extremamente engraçados, simpáticos, fofos, inteligentes e nerds s2, "falando de cinema como se estivessem conversando num boteco" (ouvi isso num e-mail que um ouvinte mandou pra eles, e achei a definição perfeita), e mais recentemente, o time ganhou um reforço feminino, a VJ Sophia Reis.
Foi eleito pela segunda vez, no ano de 2009, o melhor Podcast sobre o assunto no "Prêmio Podcast".

Funciona assim: cada semana um tema diferente é discutido pelo grupo. Desde trilhas sonoras, gêneros de filmes, filmografia de diretores, e algumas listas de melhores filmes.
Tudo com MUITO bom-humor sempre, mas falando sério, bem lá no fuundiinho ;) Pra quem ainda não conhece, vale muito a pena conhecer.. não só para dar ótimas risadas mas para, como eu, aprender um pouquinho de cinema e cultura nerd em geral.

>>ONDE?

À sua esquerda.
Voce pode ver o Feed que dá direto na página do blog, onde o Ondei posta as suas críticas e informações sobre cinema, e é lá que voce pode ouvir o Podcast e achar o endereço do Feed do iTunes, pra baixar as edições do programa diretamente pro seu computador, pra poder ouvir tranquilamente no iTunes e/ou no seu iPod #dica.

+++

Além de ouvir, sigam o Twitter deles: @Ondei, @Borbs são os mais ativos s2
@Cavaleironi @Ajose e @SophiaIReis dão as caras por lá às vezes também :D

É isso.
Ouçam o Podcast e eu garanto que não vão se arrepender.

#ficaadica

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Uma "espiadinha" no BBB..

Ana Marcela não aparece nem na foto

AEAEAE! Dia de primeira eliminação no Big Brother Brasil 10, e deu a lógica.
Cacau é a gostosuda que nem seria notada no programa se não fosse sua enorme bunda beleza e por ter conquistado o homem MAIS GATO da casa, Eliéser.
Elenita É CHATA PRA CARALHO, uma gorda que se acha a mulher mais inteligente do mundo e BLABLABLA, mas como eu já li em algum lugar, ela tem um grande potencial pra causar um bom barraco na casa, o que, óbvio, todo mundo gosta.
Joseane é a ex-ex-BBB, que voltou a ser ex agora. Foi eliminada com 61% dos votos. POR QUE?
Eu explico. Dois motivos:

1- Ex-BBB de volta à casa. Todo aquele #mimimi de que ela já teve a sua oportunidade e tal. E tá todo mundo certo. Essa jogada do @Boninho, foi surpreendente e compreensível. Acho que depois de 10 edições, é claro que ele esperava que fazendo isso, ia causar um ~~CLIMÃO~~ na casa, e tal. E foi o que aconteceu.

2- Foi anjo e deu a imunidade pro Dourado, outro ex-BBB de volta, quando o mais sensato seria dar pra quem fez de tudo pra colocar ela lá: Eliéser ou Uilian.
E deu no que deu né?

Fugindo um pouco de paredão, TE-NHO que falar da pessoa que se destacou, negativamente, essa semana. Quem? Ela mesma: @Twittess, vulgo Tessália. Até então, ela atraía a minha atenção só porque é a @Twittess, mas agora, TÁ ME DANDO ÓDIO.

Tudo começou quando colocaram um telespectador no telefone ao vivo, e pediram pra ele revelar pra todo mundo, o voto do Dicesar, que foi pra Tessália.
Aí deu ALOK na menina, que começou a chorar, querer formar grupo, combinar voto, armar esquemas com o Dourado, espernear falando que não gosta de gente falsa e desde então SÓ FALA de jogo com todo mundo, e já tá incomodando a galera que tá começando a ficar com medo de se complicar.
Ela tem tudo pra ser a vilã dessa edição. Vamos espiar, né?

Segue aí no Twitter, galere @TuaniCarvalho
E comenta aí embaixo também né, por favor <3
Beijos

#Soundtrack: Podcast De Cinema da MTV - Edição 90 (Retrospectiva 2009)

domingo, 17 de janeiro de 2010

Ahhh o Ano Novo... 2010 tá aí!

Aaaahh o Rèveillon.. (H)
Praia, fogos de artifício, banho de champagne, nego caindo bebado na praia e cantando "Adeus Ano Veeeeelho, feliz Ano Nooooovo.. que tudo se realiiiize no ano que vai nasceeer.." sujando toda a roupa branca, gente que tu mal conhece desejando as melhores coisas do mundo - o clássico: "Muita paz, muita saúde, e BLÁBLÁBLÁ".
Mesmo com essas peculiaridades, é uma época gostosa. Todo mundo sente aquele espírito de renovação, e aquela ilusão de que tudo vai ser diferente no ano que tá chegando.
É tempo de fazer as clássicas promessas, e até a primeira semana do ano, acreditar que realmente vai cumpri-las, o que raramente acontece.



Eu sou dessas que promete milhares de coisas, espera milhares de coisas, mas esse ano vai ser diferente. Não prometi nada mesmo.
Parece mais um "prometo não prometer nada", o que complica a situação já que eu nunca cumpro as promessas. Mas enfim, eu realmente não pensei em nada pra prometer.
A minha vida tá tão indefinida pra esse ano, que realmente nem sei o que prometer ou em que pensar.
Curto a vibe 'deixa a vida me levar' esse ano. NO RULES.

Mas continuemos a falar de 2010...
Ano bombástico viu. Começou com a natureza em fúria.
Que absurdo tudo isso q
ue tá acontecendo em UM ÚNICO MÊS DO ANO.
É deslizamento em Angra, São Luís do Paraitinga quase completamente destruída pela chuva, terremoto devastador no Haiti.. o que mais está para acontecer?
Juro que tenho medo até de pensar.





Sinceramente, não acredito na interferência de Deus em tudo o que acontece na Terra. Prefiro me apegar à lei de ação e reação. A humanidade já usou e abusou tanto da natureza, que agora ela está respondendo de uma forma que consiga ser ouvida.
Espero que ouçam.


Chega de desgraça, né?

Início de ano é sinônimo de QUÊ? Hein? HEIN?
Big Brother Brasil, isso mesmo!
Esse BBB10 começou cheio das surpresinhas e tal, mas a verdade é que na primeira impressão, os participantes pareceram BEM sem gracinha. Mas há quem se destaque.
Uma grande jogada dessa edição, foi colocar lá dentro duas 'celebridades' da Internet: Tessália, a @Twittess e Sérgio, o Sr. Orgastic beijomeliga. Porque desperta interesse de um outro público pro programa: o pessoal "nerd", que ta interado com os acontecimentos nas redes sociais, e que sempre achou que "BBB é pra gente burra, fútil e MIMIMI" e vai perder uns minutinhos dando uma espiadinha nessas duas figuras.
Pelo menos a porcentagem de discursos sobre o Big Brother vai diminuir. Amém.

Mas, aguardem, eu ainda vou dedicar um post inteiro pro Big Brother. Prometo.

E esse ano é cheio dos acontecimentos importantes também.
Eleições presidenciais e Copa do Mundo. Quer mais o que?

Eu vou votar esse ano,
ara, primeira vez. E to sem saber em quem.
Sabe, é cada um pior que o outro. Tu não sabe pra onde correr, tenta ponderar, pensar nos pontos positivos e negativos... e os negativos sempre prevalecem. É complicado.
Mas tem tempo, e muita encheção de saco propaganda política pra esclarecer um pouco as coisas.
Só que ó, ia achar FODA ter uma presidenta. Só que as opções...

Vamos ao que interessa: Copa do Mundo da África do Sul.
Aaaah como eu AMO isso. Aliás, como O BRASIL INTEIRO ama isso.
É um espírito de patriotismo que toma conta do país inteiro. Todo mundo comemora junto, torce junto, sofre junto. O Brasil pára em dia de jogo: o comércio fecha mais cedo, to
do mundo abre mão das tarefas pra passar 90 minutos na frente da TV.
É como se o país se tornasse um estádio gigante, onde todo mundo está com todas as suas atenções e energias voltadas pro jogo.
E tem coisa melhor do que viver no país do futebol numa hora dessas?

Só queria mandar um salve pros LOSERS ESCROTOS que ficam de "mimimi foda-se a seleção brasileira, torço pra " e dizer "TOMEM NO CU E MORRAM" <3

Bom, acho que pra primeiro post do ano, tá bom né?
E eu prometo alá promessa! :O que vou postar mais aqui. Mas me motivem, também!
Comentem muito, eu atoro.
E dêem uma moral no Twitter também:
http://twitter.com/TuaniCarvalho

Mil beijos, gatos. <3>